segunda-feira, 30 de abril de 2012

Encontro com os Frades Missionários e os Nativos em Camarões

by on 18:12




A presença dos Capuchinhos em Camarões é bastante visível, tanto no que se refere aos projetos sociais como na formação dos frades nativos. Eles estão aqui há mais de 30 anos e tudo isso graças aos capuchinhos italianos lombardos.

Em Camarões, além de visitar os vários projetos sociais, visitei também todas as Casas de Formação, onde fui convidado pela Custodia Frei Ângelo Pagani a me encontrar com todos os frades. Neste encontro falei primeiramente com os frades da cúria, depois com os postulantes que se encontram em Shisong. Numa segunda etapa falei para os estudantes de teologia em Bamenda-bambui e aos noviços em Sop. Foram momentos de troca de experiência e palavras de incentivos de alguém que já passou por todo um processo de criação de uma província. Esta custodia de Camarões sonha em um futuro não muito distante pela criação de uma futura província com os frades nativos, como aconteceu com a presença dos frades italianos-lombardos em nossa terras, criando a Província Nossa Senhora do Carmo. Nosso encontro se resumiu nestas trocas de experiências e foi muito rico ouvir os nativos falarem de suas esperanças no futuro.



Conhecendo a cultura, tradições e costumes africanos (Encontro com os reis da Tribo de Kumbo e Nkan)

by on 11:20

Rei da Tribo de Kumbo e seu Palácio Real






Estou viajando pela África desde o dia 9 de abril, mas precisamente em Costa do Marfim e Camarões. Durante estes dia de experiência e convivência com os frades missionários tenho aprendido muito. Tudo tem sido bastante marcante nesta minha viagem. Em Costa do Marfim visitei várias tribos que aos poucos tentam se reerguer após a guerra civil, causadora de muitos estragos físicos e financeiros. Já em Camarões, pude conhecer outra realidade menos precária.

A África abriga diversas tribos e grupos étnicos. Cada um desses grupos e dessas tribos possuem sua própria cultura, tradições e costumes. A cultura das tribos africanas é muito rica e por isso existem várias crenças e rituais, que, na maioria das vezes, são muito distantes da nossa realidade e das crenças e tradições ocidentais. Cada tribo existe o governo civil, mas cada uma possui um rei, com seu palácio e toda a família real. Nos últimos dias de minha visita a Camarões fui recebido por dois reinos: Kumbo e Nkan.  

O Rei (ou Fon) de Kumbo é um dos mais importantes de sua tribo e o meu encontro foi muito agradável e descontraído. Tive que, porém levar em consideração todo o protocolo, como por exemplo: não é permitido que se estenda a mão ao rei para cumprimentá-lo. Existe ainda o mestre de cerimônia que te introduz na sala do trono. Em nossa conversa falei do Brasil e de nossas tradições trazidas pelos africanos. O rei ficou encantado com tudo que ouviu e aproveitou para fazer algumas perguntas e saber mais sobre o nosso futebol.  O que me chamou a atenção foi em saber que ele tem mais de 70 esposas e todas elas vivem harmoniosamente.

Já no meu encontro com o Rei (Fon) de Nkan (um reino mais simples),  estavam presentes alguns frades nativos. Após segui os protocolos, pude visitar o seu palácio nos lugares que são permitidos. Os dois encontros foram marcantes e agradeço ao mestre de cerimônia que me recebeu muito bem e aos dois reis manifesto o meu respeito as tradições africanas.

Rei da Tribo de Nkan e seu Palácio Real

sábado, 28 de abril de 2012

Camarões: Bamenda

by on 09:19

Ide pelo mundo inteiro! (Mc 16, 15). Seguindo este versículo da Bíblia, estou tentando ir ao encontro dos meus irmãos espalhados pela África. Estou em Bamenda uma cidade a 1.500m de altitude rodeada de montanhas com um clima muito agradável. Bamenda se encontra numa das duas províncias encravadas entre a Nigéria. Aqui ficarei até amanhã, depois viajo novamente para outro destino.  Meu abraço fraterno e até segunda-feira.

terça-feira, 24 de abril de 2012

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Para quem deseja fazer o bem não existem fronteiras

by on 09:12








Estou na cidade de Shisong em Camarões, fronteira com a Nigéria, a uma altitude estimada em 2.000 metros. Shisong situa-se no noroeste dos Camarões, a cerca de 300 quilômetros de Yaoundé, a capital camaronesa e encontra-se nas proximidades da cidade de Kumbo que conta com cerca de 100 mil habitantes. Aqui para minha surpresa faz muito frio.

Alegrei-me pela presença forte dos nossos frades neste país. Aqui eles desenvolvem um belo trabalho social. As comunidades são vibrantes de fé, mas o que me chamou a atenção foi pelo número consistente de vocações ao ministério ordenado e à vida consagrada. O trabalho de formação dos nossos missionários é um autêntico sinal de esperança para o futuro.

Durante os dias que me encontro em Shisong fui convidado para ministrar uma conferencia aos frades nativos. Neste encontro falei de minha experiência como sacerdote e de como funciona a Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo. A receptividade e a troca de experiência durante o encontro foi muito produtiva.

Conheci também algumas comunidades religiosas, todas elas são muito vivas e animadas. Camarões é um país calmo e não se percebe sinal de guerra como em Costa do Marfim, claro que existem muitos problemas de ordem social e político, mas eles transmitem mais tranquilidade e paz. Além das comunidades religiosas visitei todas as Casas de Formação e o Seminário Diocesano de Shisong. Para mim esta experiência tem sido muito boa, por isso aproveito para prestar homenagem ao trabalho paciente e heróico desenvolvido pelos missionários para anunciar Cristo e o seu Evangelho. E pedi aos nossos internautas que rezem por todos os missionários espalhados pelo o mundo inteiro. Amém e Aleluia!










terça-feira, 17 de abril de 2012

Conhecendo a África e a sua gente

by on 17:04






Durante os dias em que me encontro na África tenho procurado conhecer um pouco do modo de vida do povo africano. Uma gente sofrida em consequência da guerra e da pobreza, mas ao mesmo tempo hospitaleira e feliz.

É admirável o trabalho que os nossos frades missionários desenvolvem aqui, a ajuda que eles dão a esse povo é algo louvável, digno de respeito e admiração. Com eles o evangelho se transforma em vida.

No início não foi fácil ganhar a confiança dos nativos, tive que conquistá-la aos poucos. Mas eles acabaram se rendendo e mostrando a tradicional receptividade africana. Quando souberam que eu era brasileiro ficaram eufóricos “na visão deles, o Brasil é o paraíso e o nosso futebol o melhor do mundo”. Aqui a pobreza é extrema, bem maior do que no Brasil, mas a pobreza se esconde com o terno sorriso das crianças e na alegria do povo. “eles não tem quase nenhum conforto, mas estão sempre alegres. Fazem o que podem em meio as dificuldades em que vivem”.

Minha experiência tem sido grandiosa, pois uma coisa é conhecer a África dos safáris, dos passeios turísticos e a outra coisa é você ir ao encontro dessa gente em seus vilarejos e tribos. Andei por vários vilarejos até o limite da Libéria e o que eu posso dizer é que essa é a África que estou conhecendo, cheia de contradições, dificuldades, miséria e dor, mas também repleta de alegria e esperança de um futuro melhor.

Amanhã viajo para Camarões e de lá mandarei mais notícias. Meu abraço fraterno e até mais.

Chefe de uma tribo
No centro da foto o chefe de umas das tribos com os seus conselheiros no limite da Costa do Marfim com a Libéria






85 anos do Papa Bento XVI

by on 08:44


O nosso querido Papa Bento XVI – Joseph Ratzinger – completou 60 anos de vida sacerdotal em 29 de junho de 2011, junto ao seu irmão Georg, na catedral de Frisinga, na Alemanha; e na segunda-feira (16) completou 85 anos de vida abençoada por Deus.

Para todos nós católicos foi um dia de festa, de alegria e de muitas orações por esse gigante da Igreja, digno sucessor de São Pedro, o “humilde servo da vinha do Senhor”, ou, como dizia o Papa São Gregório Magno, “Servo servorum Dei”, ou seja, o “Servo dos servos de Deus”. Já João Paulo II pedia que rezássemos por ele, para sustentá-lo em seu pontificado.

Jesus quis que sua Igreja tivesse um centro de unidade no Papa, um centro ao redor do qual se constrói a comunhão. Todos que se jogaram insanamente contra o Papa caíram. Cristo quis essa rocha que garantisse a solidez da fé de todos aos ensinamentos de Jesus, e essa pedra é Pedro, e depois dele, está o Bispo de Roma e sucessor de Pedro que, hoje, é Bento XVI. “Tu és Petrus!”. Assim, a Igreja Católica, hoje, depois de dois mil anos, continua em perfeita continuidade com a Igreja apostólica. Temos a certeza de que somos a Igreja das origens, somos a Igreja dos Apóstolos que atravessou os séculos; e esta garantia vem do fato de que nós estamos com Bento XVI, com aquele que Jesus quis como eixo e rocha da unidade da Igreja. Essa Igreja não nasceu do povo nem da vontade dele, mas, como disse o Catecismo, “é um projeto que nasceu no coração do Pai”.

A vida do Papa Bento XVI é integralmente sacerdotal; sua vocação despertou em idade muito jovem, sua formação no seminário foi interrompida somente pelas dramáticas experiências da guerra; foi ordenado aos 24 anos de idade, junto ao seu irmão mais velho e a um forte grupo de jovens bem provados na fidelidade a Deus e à Igreja.

Eles tinham modelos como o jovem sacerdote, o beato Alojs Andritzki, assassinado aos 31 anos em Dachau, em 1943, que disse: “Não esqueceremos, nem sequer por um instante, do nosso sacerdócio”. Bento XVI segue o caminho desse mártir, pedindo que o exemplo da sua humildade e fidelidade, alegre no serviço de Deus, seja um estímulo para o nascimento de novas vocações e para a santidade de todos os sacerdotes.

O Papa Bento XVI empolga o mundo com sua vasta cultura. São milhões de católicos e não católicos que leem e estudam seus livros. Os teólogos ressaltam a profundidade de sua interpretação das Escrituras, trazendo para a vida de hoje orientações seguras sobre a verdade revelada. Com ousadia e lucidez ele denuncia os “assassinos da verdade”, os propagadores da “ditadura do relativismo”, que tudo destrói.

É o Papa de uma firmeza teológica que sempre o distinguiu. Ele é “sadiamente moderno”, sem se deixar levar pela mídia ou pelas ondas de cada momento. Denuncia com coragem os erros e os pecados do nosso tempo, como fazia também João Paulo II. Suas encíclicas enfocam, de maneira admirável, todos os problemas atuais. Ele continua, de forma incansável, mesmo aos 85 anos, o grande e belo trabalho de João Paulo II: suas viagens apostólicas, suas encíclicas, sua luta pela dignidade humana, sua defesa da fé pura e católica, suas catequeses, seu amor a todos os homens.

Bento XVI é o Papa que Deus preparou para a missão de estar à frente do Seu rebanho nos primeiros anos deste novo e difícil milênio, que rejeita Deus e que O quer expulsar da sociedade. É um Papa que sabe enfrentar os desafios intelectuais e culturais de hoje, centrado em Cristo, na Palavra de Deus, nos documentos do Concílio Vaticano II e na proposta de uma Nova Evangelização, com novo ardor, novos métodos e nova expressão, pedida por João.

Sua colaboração foi e é decisiva para a Igreja. Junto com João Paulo II –de quem o atual Pontífice foi auxiliar durante 25 anos – ele impediu que aspectos meramente sociológicos prevalecessem na Igreja e a transformassem numa mera ONG. Eles não permitiram que a Igreja perdesse sua identidade entre as modas das correntes filosóficas contemporâneas. Eles souberam mostrar e defender que a mensagem cristã é a única verdadeira força de libertação, sua postura firme nas discussões conciliares.

Bento XVI, hoje, grita ao mundo o “Kerigma”: a salvação só pode advir do Evangelho, não da filosofia ou da ciência, seja ela qual for. Ele mostra claro que a pobreza, a fome, a sede, o abandono, a solidão, o amor destruído, tudo isso é fruto do “afastamento de Deus”.

No seu livro “Luz do mundo” ele disse: “Que o homem está em perigo e que coloca em perigo a si mesmo e ao mundo, hoje é confirmado também por dados científicos. Pode ser salvo se em seu coração crescerem as forças morais; forças que podem brotar somente do encontro com Deus. Forças que opõem resistência”.

A sólida cultura de Bento XVI apresenta ao mundo uma sabedoria que não se dobra diante do positivismo e do ateísmo, nem de um modernismo enlouquecido. Hoje, ele é como disse São Francisco: “o arauto do grande Rei; a trombeta do Imperador divino”.

Rezemos pelo Papa. Que o Senhor, na Festa da Divina Misericórdia, conceda-lhe as graças necessárias para conduzir o rebanho que Ele conquistou com o Seu Sangue, e que por ele o derramou.

Professor Felipe Aquino

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cruz Peregrina e Ícone de Maria chegam à diocese de Imperatriz

by on 10:23














Centenas de católicos da diocese de Imperatriz foram neste domingo (15), a cidade de Senador L`Roque (antigo Ribeirãozinho) receber a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no “Bote Fé”. A multidão, composta praticamente por jovens seguiram em carreata pelas várias paróquias da diocese. A última igreja visitada foi a Paróquia de São Francisco que seguiu em procissão até a Catedral de Fátima, onde foi celebrada a missa por Dom Gilberto Pastana e os padres da diocese.

A Cruz tem 3,8 metros e, é um dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude, que acontece em julho do próximo ano no Rio de Janeiro.

Presente
O Ícone de Nossa Senhora acompanha a Cruz de madeira de 3,8 metros desde 2003, e é um presente do então papa João Paulo II aos jovens. O símbolo é uma cópia do ícone que está na Basílica Santa Maria Maior, em Roma. A JMJ acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho de 2013, no Rio de Janeiro, com a presença do papa Bento XVI. Desde já, as cidades brasileiras se preparam para o evento internacional.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Nota da CNBB sobre o aborto de Feto “Anencefálico”

by on 15:51


Referente ao julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB lamenta profundamente a decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminalizou o aborto de feto com anencefalia ao julgar favorável a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54. Com esta decisão, a Suprema Corte parece não ter levado em conta a prerrogativa do Congresso Nacional cuja responsabilidade última é legislar.

Os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação (cf. art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, Constituição Federal), referem-se tanto à mulher quanto aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada, todos os outros direitos são menosprezados, e rompem-se as relações mais profundas.

Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!

A gestação de uma criança com anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe. Considerar que o aborto é a melhor opção para a mulher, além de negar o direito inviolável do nascituro, ignora as consequências psicológicas negativas para a mãe. Estado e a sociedade devem oferecer à gestante amparo e proteção

Ao defender o direito à vida dos anencefálicos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos, científicos e jurídicos. Exclui-se, portanto, qualquer argumentação que afirme tratar-se de ingerência da religião no Estado laico. A participação efetiva na defesa e na promoção da dignidade e liberdade humanas deve ser legitimamente assegurada também à Igreja.

A Páscoa de Jesus que comemora a vitória da vida sobre a morte, nos inspira a reafirmar com convicção que a vida humana é sagrada e sua dignidade inviolável.

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nos ajude em nossa missão de fazer ecoar a Palavra de Deus: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Costa do Marfim entre a esperança e a vontade de anunciar Jesus

by on 15:07


Cheguei à Costa do Marfim na África na segunda-feira (9). E as várias histórias sobre os dramas vividos por nossos missionários há alguns anos atrás devido a guerra civil me causaram certo pânico. A maioria dos atritos acontecidos entre os autóctones Guéré e os Dioula, etnia muçulmana proveniente do norte da Costa do Marfim e de países confinantes era devido a posse de terras cultiváveis, mas com o passar do tempo esses atritos foram se agravando. Antes as brigas se faziam com bastões e depois se transformaram em tiroteios com o uso de armas automáticas.

Tudo indica que até hoje no oeste da Costa do Marfim, atuam milícias que transformaram a área a mais instável e perigosa do país. Na fase mais aguda da guerra civil, os frades foram obrigados a abandonar suas missões por algum tempo e quando retornaram tiveram que reconstruir o que foi danificado, inclusive uma escola e um centro hospitalar que atendiam milhares de pessoas infectadas pela praga de Buruli, enfermidade tropical que corroe a pele e a carne, chegando até os ossos. Mas apesar de tantas provações e o medo que nossos missionários ainda tem da guerra civil e de serem novamente atacados a nossa missão continua firme e forte e com a esperança e a vontade de continuar a anunciar Jesus neste país tão sofrido e tão cheio de contrates. Aqui “alguns” têm muito e a grande maioria não tem nada.

Imagem de Nossa Senhora na Capela dos frades em Costa do Marfim





segunda-feira, 9 de abril de 2012

Rumo à África!

by on 15:45



Hoje viajei com destino a África, mas precisamente para a Costa do Marfim. Neste país ficarei por alguns dias com os frades capuchinhos que vivem em missão. Durante o período que estiver neste país irei mandar algumas matérias a serem publicadas. Experiências vividas e compartilhadas com você que sempre nos acompanhou através deste blog. Rezem por mim e por todos os frades missionários de Costa do Marfim. Amém e Aleluia!

domingo, 8 de abril de 2012

sábado, 7 de abril de 2012

Sábado Santo - Silêncio e conversão

by on 04:10


Para muitos, o Sábado de Aleluia é apenas um dia de faxina ou de preparação para a Páscoa. No entanto, esse dia sem liturgia tem um significado espiritual próprio. Jesus morreu por nós, e permaneceu três dias no sepulcro. Assim, também deveríamos nos dedicar com plena consciência ao teor espiritual desse dia. Isso acontece melhor em meio ao silêncio, quando nos posicionarmos quanto à verdade e à situação sepulcral de nós mesmos.

Cristo desceu ao reino da morte, ao Hades, o reino das sombras. Posso imaginar como Jesus desce aos cantos tenebrosos de minha própria existência. O que excluo da vida? Quais os lugares para os quais não gosto de olhar? Onde foi que tratei de recalcar alguma coisa, empurrar algo para as câmaras escuras de minha alma? Para onde me nego a olhar? O que pretendo esconder de mim mesmo, dos outros e de Deus? Jesus propõe-se descer exatamente a esses rincões da morte e da escuridão, para mexer em tudo o que há de escuro e rançoso em mim, tudo o que há de mortiço e entorpecido, e então despertar-me para a vida.

Os ícones da Igreja oriental sempre representam a ressurreição de Jesus com Cristo subindo do reino dos mortos, trazendo consigo os mortos pela mão. No dia de Sábado de Aleluia permito que Cristo desça até o meu reino dos mortos, para que tome todos os mortos pela mão, inclusive o que há de morto em mim mesmo, e nos reconduza à luz, a fim de despertar-nos para a vida.

Cristo esteve no sepulcro. Assim, o Sábado de Aleluia convida-me a olhar para minha própria situação sepulcral. O que me caberia enterrar? Que feridas em minha história de vida precisam ser enterradas de uma vez por todas? Quando sepulto todas as ofensas, paro de usá-las como armas para agredir as outras pessoas. Não as carregarei mais em mim mesmo, como se fossem uma recriminação tácita aos que feriram em algum momento. Com isso, posso descartar minha mágoa, meus ressentimentos e minha irritação. Não preciso de mais nada disso como pretexto para justificar minha recusa a olhar a vida de frente.Pretendo sepultar também os sentimentos de culpa que consomem e dos quais não consigo me afastar. Preciso ter confiança em que Cristo também desceu ao meu sentimento de culpa e a todo martírio interno que imponho a mim mesmo, com auto-acusações; e desceu até aí para libertar-me. Quando paro de andar em círculos em torno de minha culpa, aí sim realmente posso despertar para a vida nova.

No Sábado de Aleluia desço até meu próprio sepulcro e imagino de que forma Cristo repousa lá, a fim de trazer tudo o que lá está para uma nova vida. Cristo desceu ao sepulcro de meu medo, minha resignação, minha autocompaixão e minha morbidez, a fim de salvar-me e transformar-me no mais fundo de minha alma. Para ressuscitar na Páscoa como uma pessoa salva e liberta, preciso ter a coragem de meditar acerca de meu sepulcro e de sepultar tudo o que me distancia da vida.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Sexta Feira Santa: A crucificação e morte de Jesus (Mt 27,33-56)

by on 04:10




Na Sexta-feira Santa a Igreja celebra o Mistério da morte de Jesus na cruz. Ao contrário do que podemos imaginar, não é um dia de tristeza nem de pranto, mas de profunda reflexão acerca do caríssimo preço que Nosso Senhor pagou pela salvação de toda humanidade: oferecendo o dom maior, a própria vida.

Do alto da cruz, a redenção deixou de ser promessa e se tornou realidade. Rompeu-se o bloqueio entre o céu e a terra. Nossa comunhão com Deus, destruída pelo pecado, foi restabelecida pelo sangue derramado de Jesus. Podemos dizer com São João da Cruz: “Na cruz, quando sofria o maior abandono sensível, Cristo realizou a maior obra que superou os grandes milagres e prodígios operados em toda a sua vida: a reconciliação do gênero humano com Deus, pela graça”.

O sacrifício da cruz recuperou para todos nós o Paraíso (eternidade), outrora perdido, por causa de nossos pecados. Portanto, a cruz que era considerada objeto de maldição (cf. Gl 3,13), tornou-se o trono da glória do Filho de Deus e instrumento de salvação.

Também, a morte de Jesus na cruz revelou a condição do homem pecador como ser-para-a-morte. Todos pecaram! A humanidade sem Deus é uma humanidade condenada à morte. Jesus sentiu a solidão da humanidade sem Deus, quando se tornou pecado por nós: “Meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 15,34). O homem, sem Deus, jaz nas trevas e na sombra da morte. Essa imagem de Jesus Crucificado é a imagem final da humanidade, se ela não se converter e permanecer em seu caminho.

Jesus, assumindo nossa dor, experimenta-a na sua mais profunda e crua realidade. Ele sofreu aquilo que na verdade cada pecador deveria padecer. Porém, ao gritar sua angústia, Ele invocou o Pai, chamando-o de: “Meu Deus”, expressando assim, a própria confiança e certeza de que, apesar de todas as aparências, o Pai não está longe, nem surdo.

Diante da súplica de Jesus, o Pai não o livrou da morte, mas o conduziu à suprema vitória. Por essa vitória, Cristo estabeleceu seu Reino de Amor, revelou a salvação a todos povos: “Embora sendo Filho, aprendeu sofrendo o que é obedecer, e já consumado, chegou a ser causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem” (Hb 5,8-9).

Nesta perspectiva, podemos refletir sobre o nosso sofrimento, a nossa cruz! Esta é condição para seguirmos Jesus, Ele mesmo dá um sentido redentor à cruz, quando afirma: “Quem quiser seguir-me negue a si mesmo, carregue sua cruz e me siga” (Mc 8,34).

Então, ser discípulo de Jesus Cristo consiste em percorrer o seu caminho, isto é, não desprezar os próprios sofrimentos. Seremos vitoriosos no Senhor! Muitas vezes, questionamos os porquês destes sofrimentos. Jesus lhes deu um sentido, aplicando-os a serviço do Pai e em prol da humanidade: “Cristo padeceu por vós, deixando-vos um exemplo, para que sigais suas pegadas” (1Pd 2,21).

Portanto, sigamos sem medo, sem reservas os passos de Nosso Senhor e que a celebração da sua Paixão nos ajude a compreender que a dor e o sofrimento não são o fim de tudo, mas o itinerário que nos remete às alegria eternas da Ressurreição.

Celebração de 30 anos de Sacerdócio

Dona Gentileza

Posse de Frei Rodrigo na Cohab - 25/02/2018

Fachada do CCSF

Corpus Christi 2017

CANTOS FRANCISCANOS

Homenagem 30 anos de Sacerdócio

25 anos de Sacerdócio de Frei Rodrigo

25 anos de Sacerdócio em Imperatriz

Conheça Capanema

A cidade de Capanema está distante 160 km de Belém pela rodovia BR 316. Saiba mais

Aniversário 16 de maio de 2013

Seja um Católico praticante! Exerça a sua fé! Ame a sua Igreja!

Bem Vindos à sua casa

25 anos de sacerdócio de Frei Rodrigo

Jerusalém

Frei Rodrigo em visita à Gruta de São Jerônimo

Festa de Corpus Christi

História da Paróquia

Paróquia

Paróquia Nossa S. do Perpétuo Socorro

A Primeira Missa foi celebrada, no então povoado de Capanema, na noite de Natal (24-25 de Dezembro) de 1912.
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